Reabilitar: um caminho para superar

Por: Prof. Dr. Mauro Audi Coordenador do curso de Fisioterapia da Unimar @profmauroaudi Diversas são as doenças autoimunes e genéticas […]


Por: Prof. Dr. Mauro Audi
Coordenador do curso de Fisioterapia da Unimar
@profmauroaudi

Diversas são as doenças autoimunes e genéticas que atingem o sistema nervoso e muscular do corpo humano.

No grupo considerado de doenças autoimunes, destaca-se a esclerose múltipla, que produz placas inflamatórias dispersas pelo sistema nervoso central. As formas de apresentação das crises são extremamente variadas, desde formas mais amenas até as extremamente graves, com rápida evolução da sintomatologia. Dentre as formas, a mais comum promove quadros com remissões e reincididas, ou seja, a doença se manifesta com algumas melhoras e temporariamente surgem novas manifestações, que, quando se tornam mais frequentes, se caracterizam como crônica progressiva. As alterações sensoriais, motoras e visuais estão entre as mais presentes.

No grupo de doenças degenerativas musculares, aparecem as distrofias de cinturas, de ordem genética, que são doenças que alteram a função muscular de forma progressiva. Ocorrem pela ausência ou formação inadequada de proteínas que fazem com que o músculo não consiga mais exercer sua função de contração. Têm início lento com fraqueza muscular predominantemente nos grupos musculares do quadril e da escápula; a progressão produz grande incapacidade funcional.

Em comum, essas doenças provocam dificuldades e limitações nas atividades funcionais tanto para as mais simples como vestir-se, alimentar-se quanto para as mais complexas que dependem de locomoção ou atividades laborais, que, muitas vezes, são interrompidas, e por isso podem acarretar dificuldades socioeconômicas e agravar quadro de alterações psicológicas, como os depressivos.

Nesse contexto, torna-se fundamental o papel desenvolvido por profissionais que atuam em reabilitação: fisioterapeutas, psicólogos, médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais, entre outros. A arte de reabilitar acontece em equipe e visa ao bem-estar e à qualidade de vida do indivíduo a ser reabilitado. Consiste em fornecer orientações, em fazer adaptações do ambiente a fim de manter a sua função, com o máximo de independência permitida ou possível e, quando se encontra em condições de maior dependência, o auxílio de terceiros faz-se necessário.

A fisioterapia deve estar presente em todas as fases de evolução das doenças crônicas progressivas, com objetivo de manter, por maior tempo possível, a funcionalidade, com recursos e técnicas que vão ao encontro das necessidades desses indivíduos, a fim de lhes garantir conforto e qualidade de vida.

As pessoas que procuram o serviço de fisioterapia, muitas vezes, pouco conhecem sobre o que será desenvolvido como terapia e ainda estão fragilizadas e inseguras com o que virá. Nesse momento, terão a oportunidade de serem atendidas por profissionais com formação humanista, que trabalham o movimento humano com as próprias mãos, preparados para entender, acolher e auxiliar essas pessoas, motivando-as a enfrentarem os enormes obstáculos dessa caminhada.

Apesar de toda técnica e ciência, é percebido quão pequeno é nosso trabalho, se não conseguirmos direcionar tais pessoas a vencer essas barreiras com uma força muito maior, que só é alcançada por meio da fé. É com fé e a força da palavra de Deus que a esperança estará presente, a segurança será confirmada e continuaremos perseverantes.Enfim, nota-se que os caminhos para reabilitação estão cercados de profissionais, amigos, familiares, pessoas presentes para nos auxiliar nesse processo, porém, o caminho que brilha e conforta ao final, para vencer os obstáculos da vida, é manter a fé, com Deus presente em nossos corações.

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