
O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população,empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas relacionadas ao câncer de mama.
A história do Outubro Rosa começou em 1977, quando Susan Komen teve seu diagnóstico de câncer de mama aos 33 anos vindo a falecer da doença 3 anos depois. Sua irmã, Nancy acreditava que a história de Susan poderia ter sido diferente. Ela colocou em prática uma promessa feita a Susan de que não pouparia esforços assumindo uma verdadeira cruzada contra o câncer de mama. Em 1982, foi criada a Fundação Susan G. Komen for the Cure.
Como medida de conscientização e levantamento de fundos pela causa, tiveram a ideia de programar um evento que se traduziu em uma corrida. O laço rosa, que simboliza um corredor em movimento, foi distribuído a todos os 600 participantes. Esse foi ocomeço de um movimento, que se alastrou por todos os continentes e chegou ao Brasil. Na nossa cidade, a história da luta contra o câncer de mama,remete a 1999. Na ocasião iniciou-se uma Guerra de trincheiras. Os médicos Léo Pastori e Carlos Giandon,numa parceria entre eles, Secretaria Municipal de Higiene e Saúde e Santa Casa,realizaram a primeira mastectomia com reconstrução mamária imediata da região.
Desde então não pararam mais. Há quinze anos vêm atendendo e operando pacientes portadoras de câncer de mama da nossa região. Segundo Pastori, contabilizam-se aproximadamente 1600 procedimentos de cirurgias reconstrutoras da mama no período. Isso vem sendo feito pautado na responsabilidade social e caridade.
Haja visto que todos esses pacientes são atendidos e operados gratuitamente pelo SUS. Quanto à qualidade do Serviço executado, Pastori afirma que os resultados aqui obtidos são superponíveis com qualquer grande Serviço daqui ou até mesmo do exterior. Cita, como exemplo, serviços que frequentou lá fora como İnstituto Nazionale di Tumori e Istituto Europeo di Oncologia (Milão – Itália). Durante esses anos de trabalho duro,mas recompensador, acreditava-se que alguma coisa estava faltando. O que faltava era alinhar o tratamento médico propriamente dito com o que esse tratamento representava para cada uma das pacientes.
Há cinco anos, numa iniciativa do próprio médico e algumas pacientes, criou-se o Grupo Amigos do COM (Centro de Oncologia de Marília). Num espaço cedido pela Santa Casa, realiza-se quinzenalmente reuniões onde o objetivo principal é discutir, educar e acolher portadoras do câncer de mama.
“Nosso objetivo foi criar um espaço onde houvesse uma interface entre uma paciente que acabou de receber o diagnóstico, com pacientes que já fizeram a mastectomia, a reconstrução, quimio e radioterapia. Essa seria uma nova terapia no enfrentamento da patologia.
Num ambiente descontraído, na presença de uma equipe multidisciplinar, contamos com Assistente Social, Psicóloga, Terapeuta Ocupacional, dentre outros que estão relacionados com a maneira humanizada e acolhedora que tratamos o problema.
Nosso compromisso durante todo o ano e mais ainda no outubro rosa, é a execução de ações direcionadas à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população, a cidade se enfeitará com os laços rosas,principalmente nos locais públicos, depois surgirão outras ações como caminhadas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), panfletagem e etc. Nossas campanhas visam chamar a atenção para o câncer de mama, que acreditamos ser uma doença de dimensões familiares, por ser vivida integralmente por todos os membros da família.Chamando a atenção, pautamos nossas ações para a importância do diagnóstico precoce que, com certeza mais do que absoluta, mudaria completamente o enredo de cada uma dessas histórias.
“Há quinze anos vêm atendendo e operando pacientes portadoras de câncer de mama da nossa região.”
