Patricia de Oliveira Miguel, Missionária
Meu nome é Patrícia. Tenho trinta e um anos e sou casada há doze anos. Casei-me no ano de 2004.Depois de dois anos de casada, resolvemos que queríamos ter um filho, mas, com o passar do tempo, percebemos que havia algo errado, pois agravidez não acontecia. Foram dias de pura ansiedade e, depois de um longo acompanhamento com o ginecologista, recebemos a notícia dagravidez e a felicidade inundou os nossos corações.
Contudo, apenas alguns dias após um pequeno sangramento, fomos ao médico e, ao término de um ultrassom, veio a notícia de que era uma gestação anembrionária (sem embrião). Fomos aconselhados a irmos para o hospital para que o saco gestacional fosse expelido. No caminho até o hospital, muitas dúvidas vieram à nossa mente e coração, tais como:o que será que vai acontecer agora, e Deus, onde Ele está neste momento e outras.
Após três dias de internação e o uso de citocina, nada foi expelido,sendo necessário que fosse feita uma curetagem.Após a realização da mesma, fui para casa, mas o sangramento começou a se tornar intenso,superando quarenta dias. Voltei ao médico e o mesmo pediu exames de sangue, o qual constou um grave caso de anemia. Voltei a ser internada para transfusão de sangue e para passar por uma nova curetagem. Alguns dias depois, após uma aparente melhora, fui novamente para a cirurgia, mas algo diferente começou a acontecer comigo: meus batimentos cardíacos começaram a acelerar, a visão começou a ficar turva e fui surpreendida pelo médico me dizendo assim: “Se a hemorragia que você está tendo não cessar em cinco minutos, eu irei remover o seu útero, pois é isso ou você vai morrer!”
No ímpeto do momento e movida pelo Espírito Santo, eu respondi: “Em nome de Jesus, nada disso vai acontecer, porque Deus me prometeu que eu seria mãe e Ele não mente”. No mesmo instante, todos aqueles sintomas ruins foram cessando e o meu coração foi se enchendo de júbilo e, para honra e glória do nome do Senhor Jesus, a hemorragia parou. Fui para o quarto me refazer e, na visita, fui aconselhada pelo médico a procurar ajuda, pois o meu caso estava se complicando,já que ele não havia conseguido remover nada do que estava no interior do meu útero. Fui encaminhada para outro hospital e, ao fazer um novo ultrassom, veio odiagnóstico: Neoplasia trofoblástica gestacional. Esse Período foi de muitas dores, sangramentos intensos,vômitos a todo momento, tonturas, desmaios. Novamente hospitalizada pelo agravamento dos sintomas e o resultado mais difícil tonturas, desmaios, de todos: uma suspeita de metástase (quando a doença se espalha para outros órgãos), de ter ido para o pulmão ou o cérebro. Vale lembrar que, nesse período, eu tinha apenas vinte anos; fiquei apavorada, com muito medo e me perguntando se eu iria morrer, mas contava com a intercessão de todos e com a certeza de que Deus estava comigo.
Graças a Deus, a suspeita não foi confirmada. A doença estava apenas no útero. Então, fui encaminhada para um período de tratamento de quimioterapia e, após seu término e de todas as reações decorrentes desse tratamento, o meu organismo não dava sinais de melhora, que seriam a diminuição do sangramento e estabilidade dos hormônios. A médica pediu um ultrassom e determinaria que haveria necessidade de uma cirurgia para retirada do útero, porque ela temia pela minha vida.
Ao sair do consultório, como sempre, acompanhada por meu esposo, estávamos andando pelo corredor do hospital, declarando que o Senhor era Fiel para cumprir suas promessas e que Ele não muda. Isso tudo sendo dito com muitas lágrimas.
Nós cremos que esses passos foram determinantes para o milagre. Já na realização do ultrassom, foi nos dito que os sintomas físicos não mudaram, mas que o meu útero já não estava mais tomado pela doença, ela havia desprendido do útero e que, automaticamente, seria eliminada pelo organismo. A minha cirurgia foi feita, mas pelo Médico dos médicos. Eu fui curada para louvor, honra e glória do nome do Senhor Jesus.
Terminamos o período de quimioterapia por obediência aos médicos. Lembro-me de orar por várias pessoas que estavam doentes. Um fato surpreendente:ainda no hospital oncológico, com o soro na veia, eu me dirigi ao refeitório para orar por uma senhora que estava com muitas dores e a mesma foi curada.
Em minha estaca, aqui em Garça, temos um homem que foi curado de leucemia e uma mulher de câncer no cérebro. Deus operou o milagre em mim para que eu fosse embaixadora dos milagres Dele na terra e,enquanto houver fôlego de vida em mim, eu anunciarei o que Ele fez, através de mim.
Agora eu quero me apresentar novamente! Meu nome é Patrícia de Oliveira Miguel da Silva. Sou casada com o Eduardo Baptista – meu presente de Deus e tenho dois filhos: Samuel (o nome dele significa”pedido a Deus”) de 7 anos e o Matheus (o nome dele significa “presente de Deus”) de 1 ano e oito meses,mostrando que quando Deus começa uma obra, Eletermina. ALELUIA!
“Se a hemorragia que você está tendo não cessar em cinco minutos, eu irei remover o seu útero,pois é isso ou você vai morrer!”