O Lado de Cá da Ideologia de Genêro

Por: Edilene Nassar   Psicóloga clínica e cristã “Tanto sacrifício para educar filhos dentro de princípios morais e cristãos, agora […]

Por: Edilene Nassar

 

Psicóloga clínica e cristã

“Tanto sacrifício para educar filhos dentro de princípios morais e cristãos, agora temos que engolir este estupro imoral nas famílias?” – desabafa uma mãe referindo-se à ideologia de gênero.

Claro que o nosso desejo era de permanecer confortavelmente dentro de nossa caixinha de valores, que nossos filhos vivessem tranquilamente em nosso sistema tradicional e que ninguém ameaçasse nossa família e o padrão dos bons costumes com ideias diferentes das nossas. Só que vivemos neste mundo multifacetado, habilidoso em manipulação, onde prevalecem as vantagens e interesses dos que dominam e detêm o poder. Assim, por vezes, somos empurrados pelo sistema, influenciados pela mídia e, quando percebemos, já estamos fazendo exatamente o que eles querem. Já vivemos capítulos pesados em nossa história ditados por ideologias.

Entre eles, destaco a ideologia do capitalismo, no século XV, visando ao lucro e ao acúmulo de riquezas, ainda muito marcante em nossos dias. Essa mania de trabalhar “demais” e dispensar tempo “de menos” para a família é uma das características dos ideais capitalistas.

Também nos históricos bíblicos, lemos com pesar dois momentos absurdos de infanticídio de meninos, por puro interesse e manejo político dos reis (na época do nascimento de Moisés e de Jesus), cujas intenções reais são sempre negadas e encobertas.

É certo que essa ditadura, de outras formas, continua militante e os que não quiserem ser abalados pelos vendavais de ideologias, que fiquem seus pés e os de sua família no rochedo dos princípios e valores éticos inquestionáveis. Os escritos bíblicos orientam a ter cautela com ideologias, consideradas ventos de doutrinas em Efésios 4:14: “O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para lá e para cá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”. No momento, não se trata de um vento, mas do furacão da ideologia de gênero, ou, incrivelmente, a ideologia da ausencia de sexo.

Pasmem, é isso mesmo! Os defensores desse pensamento alegam que os órgãos genitais não definem o ser masculino e feminino em uma pessoa, já que isso é construído socialmente. Parece que estamos revivendo mais um capítulo de infanticídio no século XXI, desta vez matando e desconstruindo a identidade de nossas crianças.

Segundo Guilherme Ferreira, a Ideologia de Gênero é “uma técnica idealizada para destruir a família como instituição social. Ela é apresentada sob a maquiagem da “luta contra o preconceito”, mas, na verdade, o que se pretende é subverter completamente a sexualidade humana, desde a mais tenra infância, com o objetivo de abolir a família”.

Além disso, segundo os criadores dessa ideologia, a palavra “gênero” deve substituir o uso corrente da palavra “sexo”, e referir-se a um papel socialmente construído e não a uma realidade fundamentada na biologia. Desta maneira, pelo fato de significar papéis socialmente construídos, poderão ser criados gêneros em número ilimitado, e haver, inclusive, aqueles associados à pedofilia ou ao incesto.

Ora, uma vez que a sexualidade seja determinada pelo “gênero”; e não pela biologia, não haverá mais sentido em sustentar que a família é resultado da união estável entre homem e mulher. Essa era a ideia que pretendiam promover, a partir da educação infantil nas escolas, mas houve, já com o projeto em andamento, um grande movimento de cristãos e pais em defesa da família. Em 24 de outubro de 2017, também ocorreu um grande debate para a retirada das ideologias das bases curriculares educacionais. Com a participação da juíza de direito Andrea Barcelos, da bancada cristã e afins, a vitória foi da família e hoje a escola não poderá mais forçar ninguém a ser género. 

Não quero aqui ficar me estendendo nessa teoria, pois ela própria se condena nos primeiros argumentos. A teoria é fraca, mas o ataque é forte. Contudo, não podemos ficar no “estilingue” enquanto miram a família com “bazuca”. Devemos aproveitar esse momento e lutar em favor da família, buscando fortalecer o “lado de cá”. Não apenas intensificar nossos princípios, mas nos dedicarmos mais ao nosso lar. Observe de perto sua própria casa: filho por filho e seu cônjuge e utilize a principal munição que é o amor, o respeito e a dedicação, investidos em cada membro.

Pesquisas mostram que 75% dos pais pensam que a família está caminhando bem com as migalhas de tempo e afeto que, às vezes, oferecem.

Mas não está. A família está em crise. Inclusive as cristãs, assíduas na igreja, que cuidam de tanta gente, mas deixam o seu lar “passando fome”. Pais que vivem para trabalhar, enquanto os filhos se tornam autodidatas em todos os assuntos do cotidiano. Educação cabe aos pais e não à escola.

Quero chamar sua atenção, pais, porque, segundo pesquisas e minha própria experiência, a maioria dos casos de conflitos na sexualidade está muito relacionada à ausência dos pais ou a de um deles (quando digo ausência, não é somente física).

Muitos filhos, para sanar suas carências afetivas e falta de colo, procuram outros caminhos. Na carência, ficam vulneráveis e “sentam no colo” de quem lhes der o carinho que não recebem dos pais, submetendo-se até a relacionamentos abusivos.

É fato, também, que um grande número de pessoas que opta pelo relacionamento com pessoas do mesmo sexo na vida adulta, viveu algum episódio de violência sexual na infância. Se a primeira experiência sexual na vida da pessoa for negativa, seja com quem ou em que idade for, isso poderá desajustar o projeto original na estrutura de sua sexualidade. Outro aspecto que pesa na opção sexual é, além da ausência, uma figura materna ou paterna negativa. Se os filhos não possuem uma referência positiva do masculino e do feminino, logo podem rejeitar ser aquela identidade. Em suma, como podemos perceber, a base está na estrutura familiar.

Tudo o que falamos e fazemos em casa por nossos filhos faz mais diferença do que os discursos ouvidos por aí. Assim, fortalecendo o lado de cá, garantimos o sucesso não só de nossas famílias, como também de futuras gerações que passarão por outros furacões avassaladores.

Quero chamar sua atenção, pais, porque, segundo pesquisas e minha própria experiência, a maioria dos casos de conflitos na sexualidade está muito relacionada à ausência dos pais ou a de um deles (quando digo ausência, não é somente física).

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