Câncer de mama: Atualidades

  Dr. Wellerson Miranda, Mastologista O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres, e sua […]

 

Dr. Wellerson Miranda, Mastologista

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres, e sua incidência vem aumentando nas últimas décadas. 

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) tem uma estimativa para 2016 de 57.960 casos novos de neoplasia maligna de mama, com mais de 14.000 mortes por câncer de mama no Brasil.

Felizmente, também vem crescendo entendimento quanto aos mecanismos moleculares relacionados à doença, o desenvolvimento e incorporação de novos agentes terapêuticos e estratégias, o que proporcionou importante queda na mortalidade relacionada a essa patologia.

Muitas mulheres, com frequência, nos perguntam sobre a possibilidade de fazer o teste genético para “saber se vai ter câncer de mama.” Em primeiro lugar, é preciso considerar que a mutação no gene BRCA1 ocorre em cerca de 0,1% da população. Ou seja, o exame é desnecessário para a maioria das pessoas. E apenas 5 a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. Mulheres com mutação no BRCA1 têm um risco de até 85% de ter câncer de mama. A questão é que nem todos os cânceres hereditários têm relação com o BRCA1 ou o BRCA2. Há outros genes envolvidos e, em aproximadamente metade dos casos, não é possível saber quais os genes que levam parentes a desenvolver um mesmo tipo de tumor.

Outro detalhe importante é que o Câncer de mama é uma doença multifatorial, o que nos obriga a orientarmos nossas pacientes quanto à importância da busca pelo diagnóstico precoce, ou seja, a realização dos exames de imagem prevenção secundária Ultrassonografia, Mamografia e Ressonância Nuclear Magnética.

O principal exame de rastreamento é a mamografia.O início da realização da mamografia deve ser aos 35 anos. Entre os 40 e 50 anos, a cada 2 anos e, a partir dos 50 anos, mamografias anuais, isso no caso de pacientes sem história familiar.

Aquelas mulheres com história familiar positiva já devem fazer o rastreamento mamográfico anual a partir dos 40 anos.

A Ultrassonografia geralmente é realizada em pacientes jovens (antes dos 35 anos) e em pacientes com mamas densas,que a mamografia sozinha não é capaz de fazer uma análise adequada; p.ex, para saber se determinada imagem é sólida ou cística.São exames que se complementam, não existindo “um melhor que o outro”. Têm, sim, de serem bem indicados.

“O Instituto Nacional do Câncer (INCA) tem uma estimativa para 2016 de 57.960 casos novos de neoplasia maligna de mama”.

A Ressonância Nuclear Magnética se faz necessária em determinadas situações pré-estabelecidas, principalmente quando:

a) paciente jovem

b) história familiar positiva

c) usuária de próteses mamárias

Outros aspectos importantes em relação a achados mamários:

  • Fibroadenomas (maioria dos nódulos em pacientes jovens) não precisam ser retirados. Tratam-se de Alteração Funcional Benigna da Mama.
  • Cistos mamários são puncionados para esvaziamento, não necessitam ser retirados, a não ser que tenham conteúdo sanguinolento, ou com algum processo proliferativo no seu interior. 
  • Secreções mamilares (amareladas, marrons, esverdeadas, leitosas), principalmente se bilaterais, são benignas ectasia ductal. Faz-se apenas acompanhamento clínico. 
  • Secreções sanguinolentas, independentemente da idade da paciente, devem ser pesquisadas. 
  • Secreções em” Água de Rocha”também devem ser pesquisadas. 
  • A autopalpação deve ser realizada com frequência e em torno de uma semana após a menstruação. Mulheres na pós- menopausa podem fazê-lo a qualquer época.

Nosso objetivo, enquanto médicos, está voltado para a prevenção, orientação e a detecção precoce. O diagnóstico do câncer mamário feito precocemente,possibilita índices de cura que se aproximam de 100%.

“O diagnóstico do câncer mamário feito precocemente, possibilita índices de cura que se aproximam de 100%.”

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