Cristiane Souza Aguiar
Consultora de Negócios – SEBRAE
O poder e o potencial de promover transformações na família, na sociedade, na economia local e até em um país é tão significativo que o Empreendedorismo feminino ganha cada vez mais atenção, dando espaço e visibilidade às mulheres.
A palavra empreendedorismo pode soar como se pertencesse a negócios de uma realidade distante para você, mulher, mas é um engano. Ao movimentar a economia doméstica, por exemplo, já está empreendendo. O Sebrae aponta que as mulheres têm uma taxa de empreendedorismo superior à dos homens. Enquanto elas alcançam 15,4%, a masculina é de 12,6%.
Segundo pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora com 1.500 profissionais no Brasil, a maioria dessas mulheres empreendeu mais pela vontade de mudar o mundo do que pela motivação financeira. A pesquisa aponta também que 75% das empreendedoras decidem ter um negócio após a maternidade. Dentre as motivações para empreender, trabalhar com o que se gosta é a primeira, citada por 66% das mulheres, seguida de uma maior flexibilidade de horário, que aparece com 52%. Conseguir uma renda melhor também ganha destaque, sendo a opção de 40% das entrevistadas.
Os resultados dessa pesquisa reforçam que, quando uma mulher empreende, ela gera mudanças tanto na sua família quanto na própria comunidade, tornando-se uma empreendedora inspiradora.
O empoderamento por meio do empreendedorismo feminino é essencial diante de um mercado de trabalho ainda preso ao universo masculino. Todavia, por ainda ser uma tarefa desafiadora, desencoraja muitas mulheres, causando também a descrença em relação ao seu próprio potencial. Além disso, saber conciliar diversas atividades é um grande desafio. O cuidado com a família, com o negócio e consigo mesma gera uma dificuldade para administrar tudo isso.
Saber qual é a sua missão e o que realmente a faz feliz é essencial para entender o melhor momento de empreender. Analise, busque orientação, troque experiências, reflita e procure conhecer mais sobre si mesma. Empreender significa conquistar a independência financeira, realizar mais sonhos, construir a vida que deseja e se sentir mais completa.
Como as mulheres podem empreender?
• Preparando-se, saindo da zona de conforto.
É importante conhecimento e identificação de suas habilidades, do que a encanta e estimula. Há diversos cursos sobre gestão e técnicos disponíveis no mercado, seja online, seja na sua cidade.
• Aprendendo a delegar.
Delegar é distribuir responsabilidades, e esse é um passo indispensável para a profissional, a fim de que a empreendedora (seja com seu negócio ou atuando em casa) tenha tempo para priorizar as ações que são estratégicas. Esse é um grande desafio, devido a dificuldade que as pessoas têm de abrir mão de “suas” tarefas. Quando se delega, a responsabilidade em monitorar os resultados continuará sendo sua.
• Organizando o tempo.
Se você buscou conhecimentos, definiu os objetivos e as metas a serem alcançadas, traçou as estratégias para chegar ao resultado e conseguiu delegar a execução das tarefas, terá seu tempo organizado e muito mais produtivo.
• Superando obstáculos.
Muitos desafios surgirão no caminho, mas você é capaz de buscar saídas criativas sem perder o foco.
• Fortalecendo a rede de contatos (network)
Esteja próxima de pessoas competentes que a ajudarão a alavancar seu negócio. Fazer networking a possibilita ampliar seu círculo de oportunidades e negócios.
Você sabia que pesquisas apontam que empresas lideradas por mulheres têm retorno maior sobre o capital próprio?
A ideia de que as mulheres não têm habilidades financeiras, apesar de não ser verdade (o que falta é o conhecimento e a experiência), ainda faz parte do senso comum. Empreender é uma grande alternativa para que as mulheres possam conquistar a independência, o reconhecimento e o sucesso profissional e pessoal.
Deixo essa mensagem de Dale Carnegie, para que você reconheça sua força e sua importância e para que sirva de estímulo quando pensar em desistir: “Muitas das coisas mais importantes do mundo foram conseguidas por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver mais nenhuma esperança de sucesso”.
