A palavra pode mudar a trajetória da vida…

Desde pequena, sempre fui muito falante e extrovertida. Não me lembro, mas minha mãe conta que, quando criança, eu dizia […]

Desde pequena, sempre fui muito falante e extrovertida. Não me lembro, mas minha mãe conta que, quando criança, eu dizia que seria jornalista quando crescesse. Venho de uma família com 4 filhos: tenho um irmão cinco anos mais velho do que eu e mais dois irmãos que nasceram comigo, sendo nós trigêmeos. Meus pais sempre tiveram um casamento sólido e juntos criaram com zelo os filhos. Sempre foram pessoas muito batalhadoras e assim, foram crescendo financeiramente e nos proporcionaram o melhor.

Quando entrei na adolescência, algumas coisas começaram a mudar na minha família. O Brasil passou por um momento de crise financeira, e minha família não foi poupada. Vi meus pais perdendo tudo o que haviam conquistado. Meu pai ficou desempregado e, com muito sacrifício, continuou lutando para suprir as necessidades básicas da família. Nessa época, meu irmão mais velho fazia faculdade de engenharia e tinha um bom carro, mas também foi envolvido na crise, tendo que parar o curso. Essa foi uma fase muito difícil, onde quase tudo ruiu, somente ficamos com nossa casa, um carro velho e muitas dívidas.

Simultaneamente, comecei a ter problemas de saúde: uma dor de cabeça tão intensa que havia dias em que não conseguia nem sequer ir à escola. Sentia as pontas dos meus dedos e o meu couro cabeludo formigarem. Já tendo tantos problemas, percebia que isso tirava ainda mais a paz dos meus pais, que começaram a me levar a médicos procurando ajuda, mas nada era detectado. Mesmo assim, comecei a tomar remédios controlados, que me abatiam e me silenciavam. Essa medicação me dava muito sono, mas não me fazia melhorar.

Certo dia, convidada por uma sobrinha, minha mãe foi conhecer uma igreja evangélica. Desesperada diante de tantos problemas, aceitou o convite e logo levou meu pai e meus irmãos. Eu era a mais resistente, pois não gostava da ideia de mudar de religião. Frequentava todo domingo a missa e já havia cumprido todos os rituais que minha religião pedia. Mas, pela insistência da minha mãe, passava na igreja dela depois que acabava a missa. E, com isso, fui conhecendo pessoas novas que me recebiam com muito carinho. Algum tempo depois, fui convidada para ir a um acampamento que os jovens fariam na cidade de Tupã. Logo descartei a possibilidade, pois meu pai sempre foi muito protetor e jamais deixaria meus irmãos e eu dormirmos fora de casa já que nunca tínhamos dormido sozinhos nem na casa dos meus avós… Mas, para minha surpresa, ele deixou, impondo, contudo, uma condição: teríamos que ir todos os domingos à igreja. Eu, com 15 anos, não pensei duas vezes e todo domingo estava lá.

Nesse tempo, começamos a ser ensinados na palavra de Deus. A missionária da Igreja, dona Susana, descobriu meu problema de saúde. Conhecendo o contexto em que estava vivendo minha família, ela percebeu que meu problema era emocional e me desafiou a jejuarmos e orarmos juntas para que eu fosse curada. Para mim, isso era estranho, pois estava indo à igreja para poder ir acampar… Mas Deus estava trabalhando na minha vida. 

Enquanto aguardava o dia de acampar, comecei a me envolver com as pessoas da igreja. Certa noite, houve uma reunião de oração na casa dos meus avós, onde a missionária contou a história de uma mulher destruída nas suas emoções, mas que, no dia em que entregou sua vida a Jesus, foi resgatada, curada e teve sua história mudada. Ela disse, ainda, que Jesus também estava interessado em mim e que me amava. Eu fiquei impressionada com aquela possibilidade de que Deus se preocupava comigo. Embora sempre sendo religiosa, não acreditava que Ele pudesse me ajudar. Então, naquela noite, eu falei para Deus que queria que Ele mudasse minha história também, que Ele me perdoasse e me trouxesse cura. A partir de então, abri meu coração para aprender mais da Palavra de Deus, que começou a renovar minha mente (Romanos 12:1). Parei com a medicação e nunca mais senti o formigamento e as dores de cabeça que tanto me atormentavam.

0 dia do acampamento enfim chegou e foi mais um momento inesquecível com Deus. E, naquele mesmo ano de 1995, minha trajetória foi completamente transformada. Deus me deu uma nova forma de enxergar o mundo e encheu meu coração de esperança.

Os anos foram passando e fui me apaixonando cada vez mais por Jesus e por sua obra. Amava ir à igreja, aprender, falar de Deus para as pessoas. Estava envolvida em tudo, queria mostrar a elas como Deus tinha mudado minha vida. Falava que queria me casar com um pastor, pois queria viver na igreja.

Passados três anos, entendi que Deus tinha um chamado para minha vida e que não seria como jornalista, mas como uma missionária, ou seja, iria comunicar as maravilhas de Deus para as pessoas. Comecei a frequentar a lgreja Evangélica das Nações, que estava bem no seu início e ingressei no CTMN (Centro de Treinamento Missionário das Nações), pois desejava estudar Teologia. Depois de dois anos, formei-me e fui para o campo missionário falar sobre o poder Libertador e transformador de Deus para as pessoas que estavam precisando de uma nova perspectiva para poder seguir suas vidas.

Neste ano de 2015, completo 15 anos de ministério de tempo integral. Nesse período, Deus tem me ensinado e continua tratando minhas emoções e meu caráter. Ele me deu uma família linda, tenho um esposo maravilhoso, que cuida de mim e me ajuda a encontrar o equilíbrio de que preciso. No ano passado, foi consagrado pastor e juntos temos integralmente servido a Deus. Ainda, temos um filho lindo, o Arthur, que está com dois anos e seis meses. E estamos nos preparando para termos mais um filho para nossa família crescer e continuarmos glorificando o nome do Senhor!!

Como a visão da Igreja Evangélica das Nações vem contribuindo na sua transformação de vida?

É muito interessante perceber o quanto eu e meu esposo absorvemos a visão da lgreja Evangélica das Nações. Desde solteiros, fizemos parte das Cordas e já havíamos sido líderes e supervisores. Faz cinco anos que nos casamos e há quatro anos nossa casa é uma Corda, da qual somos líderes e anfitriões. Desde então, nossa corda foi crescendo e se multiplicando simultaneamente, vemos nosso amadurecimento como família. Passamos a ser líderes supervisores, depois supervisores e hoje meu esposo é um pastor da IEN: Nesse tempo, tivemos o Arthur, e, apenas durante o seu primeiro mês de vida, não tivemos corda na nossa casa. Tirando isso, todo o tempo, temos criado nosso filho na visão CET. Como ele ama as sextas feiras, quando ajuda o papai a arrumar os banquinhos para aguardar nossos queridos amigos e irmãos, que um a um chegam para buscar a Deus na nossa reunião semanal. O Arthur também vai conosco supervisionar, fazer visitas, vai ao GRUTA, às Celebrações e às confraternizações da Corda. É um privilégio poder afirmar que “eu e minha casa servimos a Deus”.

Fabiana e família

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